ERP (Enterprise Resource Planning) é um sistema integrado de gestão empresarial que centraliza e automatiza processos organizacionais, desde finanças até operações, oferecendo visão unificada do negócio para otimizar a tomada de decisões estratégicas.
Os tipos de ERP representam diferentes categorias de sistemas de gestão empresarial, cada uma desenvolvida para atender necessidades específicas de organizações de diversos portes e setores. Por isso, a escolha correta do tipo de ERP é fundamental para a eficiência operacional e o crescimento sustentável das empresas.
Segundo a pesquisa “Panorama Mercado Software 2024”, 33,3% das empresas brasileiras pretendem adquirir ou trocar seus sistemas ERP nos próximos dois anos. Este dado revela não apenas o dinamismo do mercado, mas também a crescente consciência sobre a importância de contar com sistemas adequados às necessidades específicas de cada negócio.
Além disso, o Brasil figura entre os 10 países mais avançados em sistemas de gestão e tecnologia, conforme levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES). Este posicionamento demonstra a maturidade do mercado nacional e, consequentemente, a sofisticação tecnológica das principais corporações brasileiras.
Principais classificações de tipos de ERP
Os sistemas ERP podem ser classificados de quatro formas principais: modelo de deployment, porte empresarial, especialização funcional e modelo de entrega. Dessa forma, cada classificação atende a critérios específicos que influenciam diretamente na escolha da solução mais adequada.
Esta segmentação permite às empresas identificar com precisão qual tipo de ERP oferece o melhor custo-benefício para suas operações. Portanto, a compreensão dessas categorias é essencial para evitar investimentos inadequados e garantir o retorno esperado.
Classificação por modelo de deployment
O modelo de deployment define onde e como o sistema ERP será instalado e operado. Assim sendo, esta escolha impacta diretamente custos, segurança, controle e flexibilidade operacional.
O ERP on-premise mantém toda a infraestrutura instalada localmente na empresa. Dessa forma, oferece controle total sobre dados e customizações, mas demanda investimentos elevados em hardware, software e equipe técnica especializada.
Por outro lado, o ERP na nuvem opera através de servidores remotos, sendo acessado via internet. Consequentemente, reduz custos iniciais, oferece escalabilidade automática e atualizações constantes, mas requer conexão estável e confiança no provedor.
Já o ERP híbrido combina elementos locais e na nuvem, permitindo manter dados sensíveis internamente enquanto aproveita a flexibilidade cloud para outros módulos. Segundo dados de mercado, 60% das novas implementações de ERP serão baseadas em cloud até 2025.
Classificação por porte empresarial (Tiers)
A classificação por tiers considera o tamanho e complexidade das organizações. Nesse sentido, cada nível apresenta características específicas de funcionalidade, investimento e suporte.
O Tier 1 atende grandes corporações com operações complexas e multinacionais. Neste segmento, a SAP domina com 77% de participação entre as 200 maiores empresas brasileiras, seguida pela Oracle com 12%.
O Tier 2, por sua vez, foca em médias empresas com necessidades robustas mas menor complexidade. A TOTVS lidera este segmento no Brasil, oferecendo soluções escaláveis com aderência às particularidades do mercado nacional.
Finalmente, o Tier 3 serve pequenas empresas com funcionalidades essenciais e implementação simplificada. Soluções como Omie, Bling e ContaAzul dominam este mercado com modelos SaaS acessíveis.
Classificação por especialização
A especialização determina se o ERP atende necessidades genéricas ou específicas de determinados setores ou funções empresariais.
O ERP vertical é desenvolvido especificamente para setores como saúde, educação, construção ou varejo. Assim, oferece funcionalidades altamente especializadas e aderência às regulamentações setoriais.
Em contrapartida, o ERP horizontal atende múltiplos setores com funcionalidades genéricas. Portanto, proporciona maior flexibilidade para empresas diversificadas, mas pode requerer customizações para necessidades específicas.
Tipos de ERP por modelo de deployment
ERP on-premise (local)
O ERP on-premise mantém toda a infraestrutura tecnológica dentro das instalações da empresa. Dessa maneira, este modelo oferece controle absoluto sobre dados, processos e customizações, sendo preferido por organizações com requisitos rigorosos de segurança.
As principais vantagens incluem controle total sobre dados sensíveis, possibilidade de customizações extensas e independência de conexão com internet. Por isso, grandes corporações frequentemente optam por este modelo devido a exigências de compliance e governança corporativa.
No entanto, as desvantagens envolvem investimentos elevados em infraestrutura, necessidade de equipe técnica especializada e responsabilidade total por atualizações e manutenção. Consequentemente, o custo total de propriedade (TCO) tende a ser significativamente superior ao modelo cloud.
Este tipo é ideal para empresas com TI estruturado, dados altamente sensíveis e orçamento robusto para investimentos em tecnologia. Um sistema integrado on-premise oferece máximo controle, mas demanda recursos consideráveis.
ERP na nuvem (Cloud/SaaS)
O ERP na nuvem opera através de servidores remotos, oferecendo acesso via internet sem necessidade de infraestrutura local. Por isso, este modelo tem ganhado preferência crescente devido à redução de custos e facilidade de implementação.
As vantagens incluem redução de até 40% nos custos de infraestrutura, escalabilidade automática conforme demanda, atualizações constantes sem interrupção e implementação rápida entre 30-90 dias.
Contudo, as limitações envolvem dependência de conexão estável com internet, menor possibilidade de customizações profundas e necessidade de confiança no provedor de serviços.
Segundo dados de mercado, 10,1% das empresas brasileiras priorizaram migração para cloud em 2024, demonstrando a crescente adoção deste modelo. Assim sendo, é ideal para PMEs, empresas em crescimento e organizações que buscam agilidade operacional.
ERP híbrido
O ERP híbrido combina elementos on-premise e cloud, oferecendo flexibilidade para manter dados críticos localmente enquanto aproveita benefícios da nuvem para outros módulos.
Esta abordagem permite às empresas manter controle sobre informações sensíveis enquanto reduz custos operacionais em áreas menos críticas. Dessa forma, é particularmente útil durante processos de transformação digital gradual.
O modelo híbrido oferece o melhor dos dois mundos: segurança local para dados críticos e escalabilidade cloud para crescimento. Portanto, representa solução ideal para empresas em transição tecnológica ou com requisitos mistos de segurança.
Tipos de ERP por especialização funcional
ERP financeiro
O ERP financeiro representa uma categoria especializada que foca exclusivamente na gestão de recursos financeiros empresariais. Dessa forma, esta especialização oferece funcionalidades aprofundadas para controle de fluxo de caixa, contas a pagar e receber, conciliação bancária e relatórios gerenciais.
A principal vantagem do ERP financeiro está na profundidade funcional específica para gestão financeira. Assim, oferece recursos avançados como conciliação automática, integração bancária nativa e dashboards financeiros em tempo real.
Um exemplo inovador é o conceito de ERP Banking, que integra gestão financeira tradicional com serviços bancários em uma única plataforma. A Kamino, pioneira nesta abordagem, oferece conta empresarial, cartão corporativo e conciliação automática integrados ao sistema de gestão.
Esta evolução elimina necessidade de CNAB, internet banking tradicional e reduz 72% do tempo operacional em processos financeiros. Consequentemente, o ROI pode atingir 300% com payback instantâneo, representando economia anual de até R$ 190.000 em custos de equipe.
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ERP logístico
O ERP logístico especializa-se em supply chain e operações de distribuição. Dessa maneira, integra módulos de estoque, compras, vendas e distribuição com funcionalidades específicas para gestão de armazéns (WMS) e transporte (TMS).
Este tipo é essencial para indústrias, distribuidoras e empresas com operações logísticas complexas. Portanto, oferece controle detalhado sobre movimentação de produtos, otimização de rotas e gestão de fornecedores.
ERP para e-commerce
O ERP para e-commerce atende necessidades específicas do varejo online, incluindo integração com marketplaces, gestão omnichannel e sincronização automática de estoque entre múltiplos canais de venda.
As funcionalidades incluem gestão de produtos para múltiplas plataformas, controle de estoque em tempo real, integração com meios de pagamento e ferramentas de marketing digital.
ERP vertical por setor
Os ERPs verticais são desenvolvidos especificamente para setores com necessidades particulares:
Saúde: gestão de prontuários eletrônicos, agendamentos, faturamento de convênios e aderência às regulamentações sanitárias.
Educação: controle acadêmico, gestão de mensalidades, histórico escolar e relatórios pedagógicos.
Construção: gestão de projetos, cronogramas, orçamentos e controle de materiais específicos do setor.
A vantagem principal está na aderência completa às necessidades setoriais, incluindo relatórios específicos e compliance regulatório.
Tipos de ERP por porte empresarial
ERP Tier 1 (Grandes empresas)
O segmento Tier 1 atende grandes corporações com operações complexas e multinacionais. Neste contexto, a SAP domina com 77% de participação entre as 200 maiores empresas brasileiras, seguida pela Oracle com 12%.
Estas soluções oferecem robustez comprovada, suporte técnico global e capacidade de integração entre operações internacionais. Dessa forma, o investimento é elevado, mas justificado pela complexidade operacional e necessidades de compliance.
A implementação de ERP Tier 1 pode levar de 12 a 24 meses, demandando equipes especializadas e investimentos significativos em consultoria e customização.
ERP Tier 2 (Médias empresas)
O Tier 2 equilibra funcionalidade robusta com custos acessíveis, atendendo empresas de 100 a 1.000 funcionários. Neste segmento, a TOTVS lidera no Brasil, oferecendo soluções com aderência às particularidades nacionais.
Alternativas como Senior e Sankhya competem com especializações setoriais e funcionalidades específicas. Por isso, este segmento representa o maior potencial de crescimento no mercado brasileiro.
A gestão financeira empresarial neste porte demanda soluções que combinem robustez com agilidade operacional, características essenciais para competitividade.
ERP Tier 3 (Pequenas empresas)
O Tier 3 atende empresas de até 100 funcionários com soluções simplificadas e implementação rápida. Neste contexto, Omie, Bling e ContaAzul dominam este mercado com modelos SaaS acessíveis.
A implementação pode ser concluída em 30-90 dias, com custos mensais acessíveis e funcionalidades essenciais para gestão básica. Dessa forma, este modelo facilita a transição de planilhas para sistemas integrados.
Como escolher o tipo de ERP ideal para sua empresa?
A escolha do tipo de ERP ideal depende de análise criteriosa de necessidades específicas, orçamento disponível, porte empresarial e infraestrutura tecnológica existente.
O primeiro passo envolve mapear processos atuais e identificar gargalos operacionais. Assim, esta análise revela quais funcionalidades são essenciais versus desejáveis, orientando a escolha entre soluções genéricas ou especializadas.
A avaliação orçamentária deve considerar não apenas custos iniciais, mas o TCO (Total Cost of Ownership) incluindo implementação, treinamento, manutenção e atualizações ao longo do tempo.
Além disso, a projeção de crescimento futuro é fundamental para evitar limitações de escalabilidade. Por isso, empresas em expansão devem priorizar soluções que acompanhem seu crescimento sem necessidade de migração futura.
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Critérios técnicos de avaliação
A escalabilidade determina se o sistema suportará crescimento futuro sem perda de performance. Neste aspecto, soluções cloud oferecem vantagem, ajustando recursos automaticamente conforme demanda.
A segurança deve atender padrões internacionais como ISO 27001, especialmente para dados financeiros sensíveis. Além disso, compliance com regulamentações nacionais como LGPD é obrigatório.
As integrações disponíveis determinam facilidade de conexão com sistemas existentes. Dessa forma, APIs abertas e conectores pré-desenvolvidos reduzem custos e tempo de implementação.
Critérios financeiros
O TCO inclui licenças, implementação, hardware, treinamento, manutenção e atualizações. Geralmente, ERPs cloud apresentam TCO inferior devido à redução de custos de infraestrutura.
O ROI esperado deve considerar ganhos de produtividade, redução de erros e otimização de processos. Neste contexto, soluções especializadas como ERP financeiro podem oferecer ROI superior em suas áreas de foco.
O payback period varia conforme complexidade da implementação. Por isso, ERPs cloud apresentam payback mais rápido devido à implementação acelerada e benefícios imediatos.
Critérios operacionais
A facilidade de uso impacta diretamente na adoção pelos usuários finais. Dessa forma, interfaces intuitivas reduzem necessidade de treinamento e aumentam produtividade.
O tempo de implementação afeta continuidade operacional. Assim, ERPs cloud podem ser implementados em semanas, enquanto soluções on-premise demandam meses.
O impacto na produtividade durante implementação deve ser minimizado através de planejamento adequado e treinamento antecipado das equipes.
ERP Banking: a evolução dos sistemas financeiros
O ERP Banking representa evolução natural dos sistemas de gestão financeira, integrando funcionalidades tradicionais de ERP com serviços bancários completos em uma única plataforma.
Esta abordagem elimina necessidade de CNAB (Comunicação Nacional de Automação Bancária), internet banking tradicional e múltiplas integrações. Dessa forma, a conciliação bancária ocorre automaticamente em D-1, reduzindo significativamente o trabalho operacional.
O cartão corporativo integrado permite gestão em tempo real de despesas, com categorização automática e controle de limites por colaborador. Consequentemente, esta funcionalidade oferece visibilidade completa sobre gastos empresariais.
A solução Kamino exemplifica esta evolução, oferecendo redução de 72% no tempo operacional através de automação inteligente de processos financeiros. Assim, o ROI pode atingir 300% com payback instantâneo.
A economia anual pode alcançar R$ 190.000 em custos de equipe, resultado da automação de tarefas repetitivas e eliminação de retrabalhos manuais.
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